Pelo livro, por lugares incríveis

Foto: Paladar das letras

Escrito por Jennifer Niven, em 2015 tivemos o lançamento de Por lugares incríveis, no qual conta a história de Theodoro Finch e Violet Markey. Dois jovens adolescentes que se aproximam, não só por causa de um projeto, mas também por causa de uma dor em comum, assim como o motivo que os levaram ao mesmo lugar aquela tarde.   

  

   De leitura fácil e que irá te prender, o livro é bem rapidinho e em poucas páginas você já está apaixonado (a), angustiado e chorando por causa de todos os acontecimentos.   


   É com ele que entendemos que as pessoas não prestam atenção ao seu redor, não ao máximo para entender o que o outro está passando. A vida é engraçada e a cada tropeço que demos, entendemos o quanto ainda precisamos aprender. Em uma bela tarde escolar, inicio do semestre, dois jovens se encontram em um ponto da escola nada comum e após esse encontro, o salvamento e um sorriso é que tudo muda.   


   É com essa história que entendemos que não adianta o que fazemos, o destino não pode ser alterado. Podemos tentar de todas as formas, mas as vezes é tarde demais.   


   Um projeto finalmente os uniu e os fez viajar pela cidade pequena, os fez superar medos e ainda se aproximarem cada vez mais. Com este livro, aprendemos que é questão de tempo, de querer e as vezes, é tão fundo que fica difícil sair.   


   A leitura pode ser fácil, mas a história é uma pouco mais complexa do que esperamos. Temos diversos assuntos que geram gatilhos em quem tem sentimos semelhantes, afinal, a vida de de Finch não foi fácil e ainda não é, o amor dos pais, o cuidado e a proteção foi algo que se foi perdido com o tempo, e são esses tratamentos que geram traumas que, as vezes, é muito difícil de superar.   


   Já Markey teve uma vida mais fácil, porém, há um ano precisa superar um trauma, a perda de quem mais amou na vida. É mais difícil ainda quando nos sentimentos responsáveis pelos acontecimentos, pelas ações dos outros e é aí que precisamos entender que não podemos ser responsáveis pelo o que o outro faz, mas podemos prestar atenção e tentar ajudar ao máximo.   


   É fácil deixar a raiva superar os sentimentos bons, é mais fácil ainda quando decidimos que está mexendo demais conosco e não conseguimos entender porque essa pessoa não pode ser mais “normal”. O difícil mesmo é entender e perceber que o que o outro está querendo mesmo é ajuda, mesmo que nem ele admita isso.   

  

   Depressão, ansiedade, ataques de pânico, medo, não aceitação, tudo isso faz com que sejamos diferentes, mas iguais, afinal, hoje sem dia são assuntos muito comentados, pouco cuidado e que muitas pessoas tem. O livro aborda estes assuntos sem realmente tocar no nome, apenas vai contando o passar dos dias, até a formatura, de dois jovens adolescentes que acabam se aproximando.   


   É emocionante ler o livro, mas para os que não tem esta vontade, temos o filme que a Netflix lançou este ano. Claro que existe a diferença entre as duas histórias, principalmente o entendimento sobre os sentimentos e ações de Finch, mas ainda está lá para os que querem assistir.   


   De qualquer forma, você tem dois modos de chorar, seu coração irá apertar e você irá entender que precisamos olhar mais para fora, cuidar de nós mesmos e do outro. O nosso normal é diferente, é preciso se aceitar e cuidar de nós mesmo. Peça ajuda, aceite que precise.  


   Eu era apaixonada pelo filme, apensar de me fazer chorar sempre, mas ao terminar o livro entendi, finalmente, a intensidade da história, de cada personagem e suas ações. É terrível como o mundo consegue ser mal, pior ainda, como as pessoas conseguem ser maldosas umas com as outras.   


   Deem uma chance ao próximo, de realmente se conhecerem e entenderem o que o seu amigo está passando, sejam amigos daqueles que estão ao seu lado, mesmo que as vezes possa ser o mais estranho, assim como Violet e Amanda.   


   Por lugares incríveis nos ensina que nossa cidade tem pequenos cantos que precisam ser vistos, precisamos aprender por onde andar. 


   Existem duas visões, mas no final a que importa é a sua. 


   Sabem como é, são coisas da Jeny!

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