O Destino de Tearling


Sinopse: Desde que assumiu o trono de Tearling, Kelsea Glynn passou de princesa inexperiente a rainha destemida.
Sua busca por justiça fez com que todo o reino mudasse com ela, mas quando os inimigos que fez ao longo do caminho ameaçam destruir seu povo, ela toma uma decisão inimaginável: se rende à Rainha Vermelha em troca de salvar Tearling.

Sem as safiras, sem seus homens de confiança e trancafiada em Mortmesne, Kelsea precisa de novo recorrer ao passado, às experiências de mulheres que viveram antes dela, buscando em suas histórias a saída para uma situação impossível.

O jogo está para terminar, e o futuro de Tearling será revelado de uma vez por todas. Com o destino de Tearling, Erika Johansen traça o clímax inesquecível dessa aventura cheia de magia e emoção

Existe uma frase, que as pessoas costumam dizer umas para as outras, quando tudo esta ruim, quando você esta triste ou muito mal com algum acontecimento, “Você tem a vida toda pela frente”, e é ela que resume um único livro, o ultimo.

O desfecho de Tearling foi bem conturbado. Os acontecimentos foram se misturando em uma grande salada, e no final, sobrou apenas aquele vazio de saudades. O Destino de Tearling teve as respostas que esperávamos, mais gostaria de dizer, não o final que eu esperava. A Rainha Vermelha disse uma vez “Você se transforma no que tem que ser”, e por mais que o final não me agrade, eu acredito que tudo foi como tinha que ser a Kelsea realmente era a Rainha Verdadeira. 

“O futuro não pode se divorciar do passado. Acreditem em mim, eu sei”.

As viagens temporais continuam, e a infanta começa a entender um pouco mais sobre o passado, porém, existem algumas perguntas que ainda rodam sua mente. Presa na cidade da Rainha Vermelha, Kelsea começa a desvendar o passado sem nem perceber, mais a verdade uma hora acaba surgindo, é algo que sempre aparece. O futuro é um espelho do passado, e para resolver os novos acontecimentos, é preciso entender o que já aconteceu.

“Nós esquecemos. Esquecemos tudo que deveríamos ter aprendido”.

Jonathan Tear entendeu isso, e fez com que Katie e o leitor entendessem também. Os ensinamentos foram esquecidos, mas a forma como foram ensinados foi à errada. A utopia de William Tear aconteceu tantos anos depois, e por mãos tão diferentes. Ele entendia o que tinha de errado, e queria um mundo melhor, mais ele mesmo não foi melhor.

É uma leitura difícil, e muitas vezes as raivas do passado e do presente se misturam. Row Finn não é uma pessoa boa, Tear sabia e não fez nada, Katie sabia e não fez nada. Eu não queria achar culpado para os antigos acontecimentos, mas infelizmente, eu achei. Mesmo em uma utopia, tem aqueles que querem mais, e são eles que acabam com tudo para que o futuro seja um caos. Finn foi essa pessoa, que causou a monarquia e toda a desgraça, e por mais que eu ache que ele tenha sido negligenciado, a culpa é dele por tudo de ruim, do passado e do presente.

“Não deixe que o passado governe o seu futuro”.

Kelsea não deixou, mais entendeu que era preciso entender os dois. Era no passado que a resposta do presente estava. O ultimo livro de Erika Johansen nos conta quem é o pai da rainha, o futuro da Rainha Vermelha e seu verdadeiro nome, e o pior, um segredo bem escondido revelado.

É um bom livro, e isso me deixou feliz e com saudades. Da escrita? Não, porque é bem cansativa, mais se você ler os três livros seguidos, é uma história encantadora e que você não irá querer largar.

O foco sempre é o passado e o presente, e aqueles que não entenderam, precisamos entender o passado para que o futuro sejamos melhores. Diferente do que somos hoje. Este livro é muito com a nossa realidade. O passado foi ocultado por William Tear, e isso deixou seu povo para cometer os mesmos erros, erros esse que a nossa população comete, mesmo sem ter o passado ocultado.

“O grande valor da ficção, nos coloca dentro da mente de estranhos”.


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