A busca por um raio roubado, conhecer novos monstros, uma profecia, uma nova casa. É tudo novo para ele e para quem está assistindo. Vale lembrar que tivemos um filme, e uma boa parte da história original já tinha sido contada, mas de uma forma diferente e deixando alguns aspectos de fora. 

Durante 8 episódios, conhecemos diversos monstros, histórias mitológicas, personagens importantes para aquele momento e o nascimento de uma amizade.

“Você irá para o Oeste, e enfrentará o deus que se tornou desleal

Você irá encontrar o que foi roubado, e o verá devolvido em segurança

Você será traído por aquele que o chama de amigo

E, no fim, irá fracassar em salvar aquilo que mais importa.”

Mas não se engane, nem tudo é o que parece. Não tente interpretar uma profecia.

No livro, tínhamos um Percy que não lembrava nada da mitologia, era sempre a Annie que contava para ele sobre os monstros que estavam enfrentando e o que poderiam fazer. Na série, os roteiristas alteraram isso, fazendo com que Percy lembra-se do que lhe foi ensinado. Uma das marcas registradas dele, é a lerdeza. 

Uma mudança legal foi o túnel do amor. Muito esperado pelos fãs, trouxe até um aspecto de ansiedade para quem estava assistindo. Um pouco da história do criador e motivos para ser assim. Claro que, não foi tão instigante quanto poderia ser. 

  Há dois anos tivemos a escalação do elenco, e de lá para cá não tivemos muitas fotos e vídeos promocionais, por causa da greve. Nos últimos tempos, saiu tanta coisa, que parecia que eu já tinha assistido a série, mas como dizem meus amigos: “não tem como você ter spoiler de algo que você já leu mais de 10 vezes, Jeniffer”. Pois é, mas ainda assim é tão emocionante assistir, tanto quanto ler. 

  Porém, nem tudo é perfeito. Como eu já li tantas vezes, eu tenho um amor, um apego por certas cenas, por algumas construções. Não me entendam mal, está lindo de assistir, é gostoso, as conversas, certas mudanças são maravilhosas, mas, mas nem tudo é um mar de rosas. Eu senti falta de alguns momentos, mas não porque é importante para a história, mas porque é importante para a representação de alguns personagens em certos momentos. 

  Vale ressaltar também que os livros são contados em primeira pessoa. Passamos cinco livros presos na cabeça de uma criança se tornando adolescente e vemos ele de uma forma, e desta forma, não é como os outros o veem. E está tudo bem, ai na sua casa, você estará assistindo como os personagens da história assistem, de fora, vendo o Percy com outros olhos. 

Em geral, é uma série boa e gostosa de ver. Mesmo que o tempo dos episódios faça você sentir que piscou e já acabou. Não é massante, mas é muito rápido. Espero que isso possa ser alterado para a segunda temporada, que, afinal, foi confirmada.  

Chega a ser um pouco engraçado assistir essa série aos 26 anos, e pensar que há 10 anos eu estava lendo e amando cada um deles de uma forma diferente. 

Hoje o público alvo, não é o mesmo que cresceu comigo. A Disney focou mais no infantil, o que não agradou muito aqueles que passaram anos esperando pela sua história ser contada. Não tivemos muitas emoções nas lutas, foi algo muito rápido, e uma das coisas que chama atenção na história são essas lutas contra os monstros. 

É uma boa série. Uma adaptação decente e amada. Mesmo que tenham certas coisas que não me agradam, em um contexto geral, voltarei para uma segunda temporada. É gostoso poder ver algo que você ama tanto ali, na telinha. 

Se preparem que eles irão voltar, “O Mar de Monstros” promete muitas novas aventuras, histórias e revelações.