A Coroa
Quando algo que amamos termina,
nosso coração fica doendo, aquele aperto seu machuca sabe. Com medo do que vai
acontecer agora, de como viver sem, ou até mesmo, de como fazer para aguentar
uma próxima vez.
O amor é traiçoeiro, ele machuca
na mesma proporção que salva e/ou cura. Ele dói sempre que é magoado ou triste.
Mas a vida segue, muitas vezes sem rumo, mas mesmo assim segue. O amor
incondicional, podemos usá-lo de muitas formas, mas não com a mesma
intensidade.
Kiera Cass trouxe para nós, em
seu último livro, o amor...mais amor. A mudança dele, e a forma como eles nos
surpreende sempre. Que ele surge em pequenas coisas, mas pode ser delas, que
cresce a intensidade. Sem esperar uma coisa em troca, estar ali para sempre que
o outro precisar, o amor, ele que nos ajuda durante a vida.
Esse mês de maio começou intenso,
pois em na terça (3), chegou às livrarias A Coroa, o último livro do que antes
era, uma trilogia. Esse livro conta 20 anos na frente de A Escolha, e como não
podia ser diferente, tivemos mais uma seleção, assim como a de Maxon. Porém, a
vida nos traz sempre uma surpresa diferente, onde nesse mundo literário, nossos
escritores nos surpreendem com suas mentes.
A Seleção de Maxon e América, foi
conturbada. Seus momentos foram marcantes, mas nem por isso, deixaram de ser
lindos e surpreendentes. Foi um começo de trilogia maravilhoso, com um final,
melhor ainda. Eadlyn nasceu 7 minutos antes de seu irmão gêmeo, e por isso, a
coroa pertence a ela. Mas desde quando mulher pode subir ao poder assim?
Kiera surpreendeu, e nos trouxe
uma Seleção diferente. Antes, só os homens podiam ter uma, elas tinham que se
casar com um príncipe. Em A Herdeira, nossa princesa egocêntrica, teve sua
seleção, contra sua vontade, mas, a vida é uma caixinha de surpresa tão boa,
que essa seleção se tornou um dos momentos mais importantes na vida dela.
Eadlyn mudou a história de Illéa,
por muitos motivos. E o maior deles? Mudar drasticamente o final dessa
história. A Coroa veio cheio de mensagens, e uma delas é: Mulher pode sim
governar, com ou sem marido, podemos ser quem quisermos ser. O mundo é livre
para escolhermos, e ali, ela nasceu para ser raiva, mas escolheu ser. Mesmo que
tenha pessoas ao seu redor, que queiram derrubar suas escolhas.
O amor veio para ajudar, e
complementar. Kile, Hale, Eikko, Henri...meninos que fizeram dessa seleção algo
tão especial e diferente. Eles surpreenderam do começo ao fim, com suas
atitudes e palavras. Não á muito o que dizer, se não obrigado.
Com isso, A Seleção chegou ao
final. O que começou com América e Maxon, terminou com Eadlyn e? Desculpa,
leiam. Essa é a graça do livro, porém, não só ela. Eu fui na livraria, antes do
meu livro chegar, e procurei saber com quem ela ficava. Confesso que perdi a
vontade de ler, mas ao começar? Não parei, pois, assim como os anteriores, é
algo apaixonante e viciante.
Se não leu os primeiros livros,
não perca mais seu tempo. Não o julgue por ser de “princesa”, porque esse é um
livro que surpreende. Leiam, merece ser mais conhecido e amado ainda. Deve ser
lembrado para sempre, algo tão belo, amoroso, divertido e que te faz chorar.
Você entra em desespero, mas isso não significa que vá parar ali. São 5 livros,
e eles te deixam tão alucinada, que não consegue mais parar.
A história chegou ao fim, dói
dizer adeus a todos. Imaginar que não terei mais as broncas e conversas de
América e Maxon, ou a Marlee, Aspen, Lucy ali para ajudar e dar um pouco de luz
na mente de nossos reis. Eadlyn e seus meninos deixaram saudades. Mas devemos
lembrar sempre, os livros acabaram aqui, nesse dia 3, mas sempre que tivermos
saudades, podemos correr até a estante de livros, e lê-los novamente. Pois a
vida continua, mas o prazer de ler algo que gostamos, permanece.
Obrigada Kiera, por se dedicar e
nos amar assim. Por escrever e nos deixar fazer parte de sua vida, e mais
importante ainda, por nos dar historias para ser contadas e passadas para as
próximas gerações.
A história acaba, mas o amor
continua. Sempre forte e seguindo em frente.
“Nunca precisei de muito para ser
feliz” –América Singer
Comentem aí