Pollyanna e seu jogo que contagia



Um clássico da literatura, não importa a época ser Pollyanna faz com o que o leitor tenha outra visão do mundo. Sentimentos, ações, palavras são coisas que a pequena órfã de 11 anos pratica a qualquer pessoa que conheça, sempre com um sorriso no rosto e falante que chega a deixar o outro ser humano ate tonto.


No inicio do livro existe uma nota da editora sobre o livro e a época no qual se passa. Mesmo se passando no século XX, o leitor não sente muito a diferença de época, pois acaba se acostumando com o jeito dos personagens falam. É uma época diferente, mas os costumes não chegam a assustar, afinal, muitos agem assim atualmente, diferente de Pollyanna, deveríamos agir como ela, ser contente pelo o que temos e pelo o que conseguimos.

Aos 11 anos, Pollyanna Whittier perdeu o pai e precisou ir morar com a única parente que lhe resta, sua tia Miss Polly Harrington, uma mulher rica que mora na cidade de Beldingsville, em Vermont. Com medo e precisando mais que tudo jogar seu tão amado jogo do contente, Pollyanna chega mudando as coisas na pequena cidade.

A literatura juvenil agradece e Eleanor H. Porter por ter publicado este livro em 1913, mas antes, sair como conto em um jornal em Boston. Todos precisam conhecer esta personagem que no começo pode irritar, afinal, fala muito rápido. Mas encanta com seu jeitinho meigo e ensina ao próprio leitor a ver a parte boa dos acontecimentos.

A mudança em Beldingsville é muito visível. Pollyanna fala com pessoas e faz coisas que sua tia não consegue entender e nem aceitar, mas com o tempo e bem no final da história, ela entende o quanto aquela pequena garota, mesmo irritante, consegue os melhores milagres.

Um pequeno acidente aconteceu e fez com que a vida de Miss Polly mude drasticamente. Ela achou que a maior mudança que aconteceria era sua sobrinha ir morar com ela, mas não sabia o que meses depois estava lhe guardando. A vida é uma caixinha de surpresas e graça a própria Pollyanna e suas saídas pela cidade, carinho, empenho, empatia, amor, cuidado com o outro, se fez presente e pode mostrar um dos melhores finais.

Em nenhum momento a leitura é pesada ou cansativa. É algo bem dinâmico e te prende, pois você quer saber mais sobre esta pequena menina que conseguiu mudar o comportamento de todos ao seu redor e quando mais precisou, mostraram para ela que o “jogo do contente” era o que precisava. Seu jogo trouxe luz para uns, alegria e vontade de viver para outro, ajudou alguém arrumar uma casa e pessoas arrumarem um amor.

Ler a história desta pequena menina em 2019 trouxe a sensação de que não podemos deixar para depois o que podemos fazer agora. Precisamos estar contentes por estarmos vivos e com teto sob nós. Precisamos apenas estar contente por existirmos do jeito que somos. Não achei que era possível jogar algo assim, mas bate com a realidade.

Um livro clássico disponível para todas as idades e que ensina a todos como sermos melhores. Leiam, é maravilhoso.

Sabem como é, são coisas da Jeny!

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